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Análise de conteúdo da Bardin em três etapas simples

  • Foto do escritor: Amália Machado
    Amália Machado
  • há 24 horas
  • 3 min de leitura

Você está perdido sobre como fazer a análise dos dados da sua pesquisa qualitativa? A técnica de Análise de Conteúdo, proposta por Laurence Bardin, é uma das mais usadas em dissertações, teses e artigos científicos — e pode ser aplicada mesmo por quem está começando!


Neste post, eu te explico as três etapas principais da Análise de Conteúdo, segundo Bardin, de forma simples e direta. Também deixo um material gratuito para te ajudar, um episódio no YouTube e um convite especial para aprofundar seus conhecimentos no nosso curso completo de Análise de Conteúdo.


O que é Análise de Conteúdo?

A Análise de Conteúdo é uma técnica de análise de dados qualitativos que permite interpretar discursos, falas, textos ou outros tipos de material. Como explica Bardin (2016, p. 15):

“Um conjunto de instrumentos metodológicos cada vez mais sutis em constante aperfeiçoamento, que se aplicam a 'discursos' [...] extremamente diversificados. O fator comum dessas técnicas [...] é uma hermenêutica controlada, baseada na dedução: a inferência.”

Em resumo: você organiza, codifica e interpreta os dados, com base em critérios bem definidos.


Etapa 1 – Pré-análise

Muita gente quer começar pela codificação… mas o primeiro passo é organizar os dados!


A pré-análise serve para você entender o que foi coletado e definir o que será analisado. Aqui estão as tarefas principais:

  • Leitura flutuante do material;

  • Seleção dos documentos que farão parte da análise;

  • Definição do corpus, com base em critérios como representatividade e pertinência;

  • Formulação dos objetivos da análise;

  • Preparação do material para facilitar as próximas etapas.


Etapa 2 – Exploração do material

Agora sim, entra a famosa codificação!


Você vai fazer o recorte do material, identificando unidades de registro (palavras, temas, personagens, acontecimentos etc.) e unidades de contexto. Também é aqui que acontece a enumeração (por presença, frequência, intensidade…) e a criação de categorias.


A categorização pode seguir critérios:

  • Semânticos

  • Sintáticos

  • Léxicos

  • Expressivos


Essa é a parte mais trabalhosa — e também onde muita gente trava. Mas calma: com um passo a passo claro e bons exemplos, você consegue avançar.


Etapa 3 – Tratamento dos resultados e interpretação

Na última etapa, você interpreta os dados a partir das categorias criadas. A Bardin chama isso de inferência controlada, com base na mensagem, no emissor, no receptor e no canal de comunicação.


Ou seja, você deve olhar para:

  • Quem produziu a mensagem (emissor);

  • Quem a recebeu (receptor);

  • O conteúdo da mensagem;

  • O meio por onde ela circulou.


Aqui, o olhar do pesquisador se faz presente — mas com base em critérios metodológicos.


🎁 Material gratuito para você baixar

Se você quer um resumo visual do processo, baixe gratuitamente o Mapa Conceitual da Análise de Conteúdo, com os principais pontos da codificação e da categorização, conforme Bardin:



🎓 Quer aprofundar no tema?

Se você quer aprender a aplicar cada etapa com clareza, com exemplos e exercícios práticos, conheça o curso Análise de Conteúdo da Acadêmica:



Eu também gravei um episódio especial de Pesquisa na Prática, no nosso canal no Youtube, onde eu explico um pouco mais sobre a codificação e a categorização de acordo com a Bardin:


Vídeo explicando a Análise de Conteúdo no canal no Youtube da Acadêmica

Para finalizar

Essas três etapas vão te ajudar a sair do lugar e começar a aplicar a Análise de Conteúdo com segurança.


Mas lembre-se: nada substitui a leitura direta da Bardin. Use este post como um guia prático para organizar suas ideias e começar.


Se esse conteúdo te ajudou, compartilhe com outros colegas da pós-graduação. E me conta nos comentários: qual dessas três etapas você tem mais dificuldade em aplicar?


Um abraço,

Amália da Acadêmica

📌 BARDIN, L. Análise de conteúdo. São Paulo: Edições 70, 2016.

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